Ônibus

Setor de Ônibus espera crescimento de 12% a 15% para 2018.

Setor de Ônibus espera crescimento de 12% a 15% para 2018.

O mercado de ônibus está defasado em quase 70% em relação há seis anos. Quem afirma é o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE), José Antonio Fernandes Martins. 

Segundo ele, o setor deve fechar o ano com 13 mil unidades, contra 27 a 30 mil há seis anos. Como positivo aponta a recente liberação do governo junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE), de uma licitação de 6 mil ônibus escolares do Programa Caminho da Escola. “Metade deles terá poltrona móvel e a outra metade não”, explica. 

O setor ainda apresenta demanda crescente de ônibus rodoviário, uma vez que a licitação do sistema de autorização prevê que até 2020 a idade média da frota deverá ser de cinco anos. Hoje ela é de 9.8 anos. “Logo, o mercado terá que trocar entre 2 e 2,5 mil ônibus por ano, durante os próximos quatro anos.” 

Outra determinação do governo diz que as empresas de ônibus rodoviários de linhas regulares, de turismo e fretamento, a partir de 1º de julho de 2018, serão obrigadas a portar o dispositivo de poltrona móvel para pessoas com deficiência. Martins explica que o equipamento é caro, em torno de R$ 30 mil (trinta mil reais) por ônibus, o que deverá levar as empresas a adquirir modelos novos. 

Diante de tudo isso, Martins acredita que o mercado rodoviário está crescendo, no entanto ainda apresentando números bem menores que em anos passados. Uma maneira de contribuir para a recuperação do setor, explica, foi a decisão das montadoras de colocar seus bancos dentro do sistema, para garantir para a Caixa Econômica Federal, que os financiamentos do refrota terão 100% de garantia. “Acredito que dentro de um ou dois meses, esse processo comece a dar resultado.” 

Pelos cálculos do SIMEFRE o mercado deverá ganhar algo em torno de 6 mil ônibus escolares, mais 2500 do programa do ônibus rodoviário, mais alguns de fretamento e turismo e o programa Refrota, ou seja, um crescimento de 12% a 15% para 2018 na comparação com 2017. 

O presidente afirma que o SIMEFRE continua desenvolvendo ações junto ao governo para melhorar todo o sistema e mantém contato permanente com os governos Federal, Estadual e Municipal buscando melhorias em infraestrutura viária e atualização de tarifas.

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