Trânsito

Campanha do Detran.SP traz histórias marcantes de profissionais que trabalham para salvar vidas no trânsito.

Campanha do Detran.SP traz histórias marcantes de profissionais que trabalham para salvar vidas no trânsito.
Bombeiros, policiais militares e socorristas do SAMU dão seus depoimentos pessoais para marcar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito (19) e chamar atenção para a urgência da mudança de atitudes.

Marcos Antônio Campoy tem 59 anos de idade, 30 de enfermagem e 25 de dedicação ao serviço de urgência e emergência. Tem por missão salvar vidas. O que, infelizmente, nem sempre é possível. O profissional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) está sempre a postos em sua base, que fica sob a Ponte Ary Torres, e atende incontáveis ocorrências de acidentes de trânsito no seu dia a dia.

Ao longo desse tempo, muitas histórias ficaram marcadas em sua memória. Uma delas aconteceu há cerca de oito anos e ainda está bem viva. "O rapaz estava comemorando a entrada na faculdade e colidiu sozinho com o veículo em alta velocidade em uma árvore. A pancada que deu na coluna do carro levou ele a óbito. Chegou o pai do menino na via e a gente tentou ajudar esse pai que viu o filho ali numa situação que já não dava mais para resolver”, relata o socorrista, que lembra com tristeza a causa da morte: imprudência.

Histórias marcantes de profissionais empenhados na preservação da vida, resgate e atendimento a vítimas de trânsito vão ser contadas em uma série especial de vídeos produzida pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) para marcar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito, lembrado em todo o mundo no próximo domingo (19), e convidar à reflexão de todos para a preservação da vida.

A campanha vai usar a hashtag #FocaNaVida e os vídeos, que trazem depoimentos de policiais militares do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran), do Corpo de Bombeiros e funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de São Paulo, serão divulgados a partir desta sexta-feira (17) nos canais do departamento no Facebook (facebook.com/detransp) e YouTube (youtube.com/detransp).

Não são números, são vidas – O número de vidas perdidas no trânsito do Estado de São Paulo está em queda. No entanto, os acidentes de trânsito ainda são a principal causa externa de morte no Estado, com 13 óbitos a cada 100 mil habitantes registrados em 2016. Essa quantidade supera os homicídios, que atualmente representam cerca de 7 óbitos a cada 100 mil habitantes.

“Os dados de acidentes e mortes no trânsito são alarmantes e apontam a necessidade do envolvimento de toda a sociedade para revertermos essa triste realidade. Não são estatísticas, são vidas perdidas diariamente no trânsito por atitudes imprudentes que podem ser facilmente modificadas”, ressalta Maxwell Vieira, diretor-presidente do Detran.SP.

De acordo com o Infosiga SP, sistema de dados do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, houve redução de 5,6% no número de óbitos por acidentes de trânsito no Estado no ano passado, o que representa 339 vidas salvas. Já em 2017, uma nova queda entre janeiro e setembro: 2,3% e 434 vidas salvas desde o início do programa, mas o desafio permanece.

Em todo o Brasil, de acordo com dados do DataSUS, o trânsito mata um Boeing 737 lotado por dia no Brasil, o que corresponde a 40 mil vidas retiradas por ano. No mundo, esse número chega a 1,3 milhão, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que instituiu o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito, lembrado sempre no terceiro domingo do mês de novembro.

 

“Mudar histórias e transformar o trânsito de São Paulo representam a causa que nos move", afirma Silvia Lisboa, coordenadora do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, que congrega Governo e Sociedade Civil no esforço para reduzir pela metade o número de óbitos no trânsito até 2020.

Comentários