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Você sabe onde o custo operacional do transporte é o mais elevado do Brasil?

Você sabe onde o custo operacional do transporte é o mais elevado do Brasil?

No Acre as condições do pavimento geram aumento de 56,5% enquanto média brasileira é de 27,0%, segundo a 21ª Pesquisa CNT de Rodovias.

O Acre tem o maior custo operacional do transporte em todo o país, segundo a 21ª Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada recentemente pela Confederação Nacional do Transporte. O acréscimo devido às condições do pavimento no Estado chega a 56,5%. Em todo o país, esse aumento médio é equivalente a 27,0%. No Acre, 94,8% do pavimento da extensão avaliada foi classificado como regular, ruim ou péssimo.  

Em quase toda a extensão avaliada (95,5%), há algum tipo de deficiência. Os dados referem-se ao estado geral (classificação regular, ruim ou péssimo) dos 1.348 km pesquisados no Estado. O número está bem acima dos 61,8% de média do estado geral no Brasil. Apenas 4,5% (60 km) desse Estado da região Norte tiveram classificação ótimo ou bom. O levantamento da CNT avalia o estado geral da malha rodoviária pavimentada de todo o país, considerando pavimento, sinalização e geometria da via. 

Na avaliação da Confederação, apenas para as ações emergenciais de reconstrução e restauração das vias (trechos com a superfície do pavimento apresentando trincas em malha, remendos, afundamentos, ondulações, buracos ou estando destruídos), com a implementação de sinalização adequada, estima-se que são necessários R$ 952,96 milhões. Já para a manutenção dos trechos classificados como desgastados, o custo estimado é de R$ 221,76 milhões. 

DETALHAMENTO DAS CONDIÇÕES 

Pavimento 

No pavimento, são consideradas as condições da superfície da pista principal e do acostamento. A pesquisa classificou o pavimento como regular, ruim ou péssimo em 94,8% da extensão avaliada no Acre, enquanto que 5,2% foram considerados ótimo ou bom; 53,4% da extensão pesquisada apresentou a superfície do pavimento desgastada. 

Sinalização 

Nessa variável, são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais. O estudo apontou que houve problemas de sinalização em 61,5% da extensão avaliada (classificação regular, ruim ou péssimo). Em 38,5%, o estado é ótimo ou bom. Ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 26,1% apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis. 

Geometria da via 

O tipo de rodovia (pista simples ou dupla) e a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria da via. A pesquisa constatou que 100% da extensão pesquisada não teve condições satisfatórias de geometria. O Estado tem 95,4% da extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla. 

Pontos críticos 

A pesquisa identificou, ainda, 15 trechos com erosões na pista e 14 com buracos grandes.

Investimentos em 13 anos

Entre 2004 e 2016, o governo federal desembolsou R$ 1,97 bilhão em ações de infraestrutura rodoviária, valor que representa 78,6% do total autorizado para o Estado no período. Os recursos foram utilizados principalmente para obras de construção na BR-364, entre 2004 e 2012, e para intervenções de manutenção, entre 2013 e 2016. Em 2017, até junho, a relação de total pago e autorizado foi de 8,3%. 

De 2004 a 2017, a qualidade das características pavimento, sinalização e geometria da via piorou no Acre, fazendo com que 94,9% do estado geral fosse classificado como regular, ruim ou péssimo em 2017. Já o aumento do custo operacional saiu de 35,1%, em 2004, para 56,5% em 2017. Em 2016, foram registrados 330 acidentes, cujo custo foi estimado em R$ 38,95 milhões.
56,5% em 2017. Em 2016, foram registrados 330 acidentes, cujo custo foi estimado em R$ 38,95 milhões.
Gráficos nas imagens abaixo (Fonte CNT).

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