Ônibus

Incêndio de grandes proporções na Marcopolo suspende produção parcialmente esta semana.

Incêndio de grandes proporções na Marcopolo suspende produção parcialmente esta semana.

Empresa utilizará semana mais curta, em razão do feriado de 7 de setembro, para avaliar impactos, medidas a serem tomadas e programação de produção.

Como consequência do incêndio ocorrido nesse domingo (03), a Marcopolo S.A. envia nota a imprensa e anuncia que as atividades de suas unidades Ana Rech e Planalto ficarão paralisadas parcialmente durante esta semana. A companhia utilizará a semana mais curta, de apenas três dias em razão do feriado da Pátria, para avaliar impactos, medidas a serem tomadas e programar produção. Segundo a direção da empresa, o mais importante foi não ter havido feridos na ocorrência. 

Apesar de o ônibus ser composto predominantemente por estrutura em aço e chapas de aço e alumínio, os componentes plásticos são itens relevantes para o acabamento dos produtos e, por isso, a paralisação na sua fabricação pode afetar a produção e montagem do veículo como um todo. 

Pelo fato de o incêndio ter ocorrido em uma unidade que fica separada da linha de produção de ônibus, nenhum veículo pronto ou em fabricação foi atingido, assim como também nenhum chassi que estava aguardando a programação para entrar em linha. 

Unidade de Plásticos Marcopolo 

Construída em 2008, em área de 16 mil metros quadrados, que representa cerca de 15% da área total coberta de Ana Rech, a unidade de componentes plásticos da Marcopolo é a mais recente no complexo industrial e atende os requisitos e normas de segurança vigentes. Com cerca de 600 colaboradores, a operação é dedicada à produção de componentes de ônibus, internos e externos, como teto, revestimentos internos, e junto com o fornecimento de tradicionais parceiros externos localizados em Caxias do Sul, foi concebida para que a Marcopolo tornasse mais eficiente o desenvolvimento e o fornecimento de componentes plásticos utilizados nos ônibus. 

Segurança e prevenção 

No seu comunicado, a Marcopolo informa que tem como foco fatores como segurança, qualidade e prevenção. Essas ações têm feito parte dos mais recentes programas da empresa como o projeto de revitalização do Sistema Marcopolo de Produção Solidária (SIMPS/SUMAM), instituído ao longo de 2016, com base nos princípios Lean e realização de Kaizens (melhoria contínua) com o envolvimento e treinamento de colaboradores. Os resultados foram ganhos de eficiência, segurança e qualidade, redução de custos, além de um melhor ambiente de trabalho e bem-estar de todos os colaboradores. Nas operações brasileiras, foram realizadas, somente no ano passado, mais de 60 semanas Kaizen que resultaram em quase 3,2 mil sugestões de melhoria, com mais de 2,8 mil implementadas. 

Em junho passado, a Marcopolo comemorou os 50 anos da EICI – EQUIPE INTERNA DE COMBATE A INCÊNDIO. Referência na cidade de Caxias do Sul pela atuação no combate a incêndios, a equipe foi criada em 1967, naquela época, com 13 integrantes. Hoje, a companhia conta com 490 brigadistas, responsáveis pelo atendimento das unidades dos bairros Ana Rech e Planalto em Caxias do Sul. 

Atualmente a EICI da Marcopolo conta com dois caminhões e EPIS especiais para combate a incêndios. Um dos veículos possui cabine dupla com capacidade de transporte de cinco brigadistas, tanque de 8.000 litros de água e 500 litros de LGE (Líquido Gerador de Espuma - agente extintor para produtos inflamáveis), bomba e canhão monitor eletrônico de 1.000 GPM (galões por minuto – aproximadamente 3.700 litros/minuto), torre de iluminação e escada. Conta ainda com equipamentos específicos para os brigadistas, como cilindros de ar respirável e vestimentas específicas para combate a incêndio. 

Todo ano, os integrantes da equipe passam por seis treinamentos teóricos e práticos focados em Primeiros Socorros, Uso de Extintores e Uso de Mangueiras, além de simulados de emergências. Em 2016, esses treinamentos totalizaram 5.280 horas de capacitação. 

Como uma das primeiras equipes treinadas, aparelhadas e organizadas para combater incêndios no Estado do Rio Grande do Sul, a EICI, ainda na década de 1970, passou a colaborar com a comunidade da região, por demanda do Corpo de Bombeiros. A EICI também serviu de modelo para outras companhias, que passaram a investir na criação de equipes de combate a incêndio como forma de prevenção e proteção de seu patrimônio e das pessoas.

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