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Programa Volvo de Segurança no Trânsito: 30 anos de mobilização pela vida.

Programa Volvo de Segurança no Trânsito: 30 anos de mobilização pela vida.

O ano de 2017 marca os 30 anos do Programa Volvo de Segurança no Trânsito - PVST, que nasceu com o objetivo de mobilizar a sociedade para a redução do número e da severidade dos acidentes de trânsito. O PVST realizou seminários; produziu campanhas e vídeos; desenvolveu cursos de direção segura para motoristas profissionais; influenciou pessoas, empresas de transporte, escolas e, até, cidades e governos pela causa. A história mostra que os ganhos até aqui valeram os esforços. Mas há ainda muita estrada para rodar. 

O programa nasceu em 1987 como uma contribuição à sociedade brasileira para marcar os 10 anos da Volvo no Brasil. Inicialmente chamado de Programa Volvo de Segurança nas Estradas, passou em 1989 a Programa Volvo de Segurança no Trânsito. Iniciativa de uma marca que, além de ser reconhecida pela inovação e por produzir veículos de alta tecnologia e qualidade, também é líder mundial em segurança. Os desafios para tratar do tema de forma a mudar o comportamento de uma sociedade acostumada a conviver com altos índices de acidentes eram imensos. 

Enquanto no Brasil, o tema começava a entrar na pauta, na Suécia essa é uma preocupação de longa data. “Em 1927, os fundadores do Grupo Volvo, já anunciavam a sua preocupação com a segurança ao afirmar que “veículos são feitos para transportar pessoas. Por isso, o princípio básico para todo o trabalho, do desenvolvimento à produção, deve ser sempre a segurança”, conta Carlos Ogliari, vice-presidente de RH e Assuntos Corporativos do Grupo Volvo América Latina. 

Com isso em mente, a Volvo do Brasil foi além de seu compromisso de produzir os veículos mais seguros do mercado e lançou o Programa Volvo de Segurança no Trânsito. O programa lançou mão de uma premissa da empresa que diz: se somos parte do problema, também somos parte da solução.  

O Programa Volvo de Segurança no Trânsito é a ação mais duradoura de mobilizaação da socidedade em benefício de um trânsito mais seguro já realizada em toda a história da indústria brasileira.  “O programa surgiu em uma época que os acidentes eram considerados uma fatalidade, tragédias inevitáveis do trânsito de um país de terceiro mundo, que tinha causas mais urgentes com as quais se ocupar. Já naquela década, o PVST foi determinante para a mudança dessa visão ao mostrar que os acidentes devem ser tratados como ocorrências inaceitáveis”, destaca J. Pedro Corrêa, idealizador e hoje consultor do PVST.  

O ano de 1986 havia sido o pior ano da história brasileira, registrando 27.300 mortes no trânsito. Porém, havia um consenso geral dos órgãos públicos de que o número de mortes era o dobro.  Assim, passou-se a usar o número de 50 mil mortos e cerca de 350 mil feridos para chamar a atenção da sociedade, surgindo a definição de que o trânsito brasileiro era igual a uma guerra do Vietnã por ano. “Com essa conta em mãos, o PVST passou a contar com o envolvimento das empresas e dos meios de comunicação. E o mais importante, não só o número de envolvidos nessa causa, mas a forma de olhar para o trânsito mudou decisivamente”, destaca J. Pedro. 

Tanto é verdade que, em 1990, o programa realizou uma pesquisa nacional de opinião pública que revelou um dado impressionante: em razão das atividades do PVST, como simpósios, debates, campanhas, palestras, prêmio e newsletters, milhares de brasileiros informaram ter ouvido pela primeira vez a expressão “segurança no trânsito”.  

Entre as primeiras ações do PVST está o lançamento do Prêmio Volvo de Segurança que, em sua primeira edição, contou com 256 trabalhos inscritos em três categorias: Geral, Motoristas Profissionais e Jornalistas. Os vencedores em cada categoria recebiam troféus e uma viagem à Suécia para conhecer seu sistema de trânsito, reconhecido como um dos mais seguros do mundo. Nestas três décadas, foram promovidas 18 edições do Prêmio Volvo, que teve mais de 6000 trabalhos inscritos e 250 vencedores. O PVST também participou e realizou mais de 400 eventos, entre seminários e fóruns nacionais e regionais, além de programas de educação de trânsito para o ensino médio, motoristas profissionais e patrocínio de livros e manuais sobre o tema. 

O PVST também atuou na conscientização de motoristas sobre a importância de adotar o cinto de segurança, uma vez que pesquisas internacionais mostravam que o simples uso do cinto é capaz de reduzir em até 50% as fatalidades dos acidentes. Em 1989, o uso do cinto tornou-se obrigatório por artigo específico do Código de Trânsito Brasileiro. 

“Se a Volvo foi visionária ao lançar o PVST naquela época, foi também coerente e exemplar ao manter o seu propósito durante todo esse tempo, mesmo em momentos difíceis e até críticos, como os de crise político-econômica do País. Os desafios, claro, foram mudando ao longo dos anos, assim como a visão da sociedade em relação ao tema segurança no trânsito”, artumenta Solange Fusco, diretora de Comunicação Corporativa do Grupo Volvo América Latina. 

Dentro desta proposta de evolução, em 2013, o PVST mudou o foco de atuação e alinhou suas ações à nova visão de segurança do Grupo Volvo: o Zero Acidentes, que tem como ideal de futuro zero acidentes envolvendo os veículos da marca.  Com essa meta no horizonte, o programa passou a atuar com maior ênfase na disseminação da cultura de segurança no setor de transporte comercial. “Assim como em 1987 fomos ousados ao lançar o programa, o Zero Acidentes é uma meta bastante ousada e desafiadora. Porém, as mudanças são conquistadas a partir de grandes desafios e esse também tem ganhado toda a nossa atenção”, destaca Solange Fusco 

Apesar de toda a conscientização e mobilização da sociedade para uma postura proativa diante de uma realidade que poderia ser mudada, ainda há muito por fazer . “O Programa Volvo de Segurança no Trânsito vai continuar ampliando sua atuação na busca de soluções. Até porque estamos em plena Década Mundial de Segurança no Trânsito, instituída para o período de 2011 a 2020 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de reduzir em 50% o número de mortes causadas por acidentes de trânsito. E, para nós, enquanto pudermos salvar uma vida, nossas ações continuarão a valer a pena”, afirma Ogliari 

Já com esse foco no Zero Acidentes, em 2016, por meio de patrocínio cultural da Volvo e Ministério da Cultura, foi inaugurado em Curitiba o Memorial da Segurança do Transporte no Brasil, único espaço dedicado ao tema na América Latina.

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