Logística

Governo brasileiro precisa de dinheiro e está vendendo - Concessões envolverão mais de R$ 45 bilhões.

Governo brasileiro precisa de dinheiro e está vendendo - Concessões envolverão mais de R$ 45 bilhões.

Com um cronograma ambicioso, para destravar o que for possível até o fim de 2018, a carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) anunciada pelo governo brasileiro foi reforçada com 70 projetos. As áreas de saneamento e energia tiveram destaque. São 35 novas linhas de transmissão, totalizando 7.358 quilômetros, com investimentos estimados em R$ 13,1 bilhões. Os editais já foram aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O leilão está programado para dia 24 de abril e vencerá aquele que se comprometer a cobrar a menor tarifa.   

No setor ferroviário, o governo pretende ampliar o número de concessões que vão a análise para serem renovadas antecipadamente e confirmadas datas de início de licitação de duas ferrovias que fizeram parte do primeiro pacote de concessões, lançado pelo presidente Michel Temer em setembro de 2016.   Os valores estimados em investimentos no setor superam os R$ 30 bilhões. 

Consta da lista a privatização de companhias de saneamento em 15 estados, cuja venda precisa ser aprovada nas respectivas assembleias legislativas e um novo instrumento para tentar destravar investimentos em concessões de rodovias, que poderá passar pelo fim antecipado dos atuais contratos. A rodovia BR- 101, em Santa Catarina e Rio Grande do sul, e quatro terminais portuários, fazem parte do pacote. 

Boa parte dos anúncios, já havia sido feita em ocasiões anteriores, entre os quais o processo de renovação antecipada das concessões de ferrovias na segunda rodada do Programa de Investimentos em Logística (PIL 2). 

O governo espera destravar R$ 25 bilhões em investimentos com a renovação por 30 anos de cinco concessões que expiram na próxima década: Malha Paulista, MRS Logística, Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), Estrada de Ferro Carajás e Vitória-Minas. Das cinco, apenas a primeira tem tramitação avançada na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O governo Temer pretende acertar a extensão contratual da MRS ainda em 2017, deixando as outras para 2018. 

"As concessões de serviços de infraestrutura no Brasil, especialmente referentes às ferroviárias, trouxeram uma série de benefícios e permitiram a recuperação de correntes de tráfego de carga que tinham fugido para o transporte rodoviário. No momento, esta infraestrutura necessita urgentemente de melhorias e ampliações para atender às várias demandas que se colocam. São oportunas e realistas as iniciativas que façam deslanchar adequadamente este processo tão necessário ao desenvolvimento nacional neste momento de crise", comenta o presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô- AEAMESP, Pedro Machado. 

Segundo ele, assuntos de infraestrutura, expansão, investimentos, tecnologias voltadas ao setor de transporte sobre trilhos de passageiros e cargas têm sido temas constantes de palestras realizadas por representantes de governo e empresários na Semana de Tecnologia Metroferroviária, realizada anualmente pela AEAMESP.

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