Editorial

A qualidade do combustível que vai para o tanque do Brasileiro.

A qualidade do combustível que vai para o tanque do Brasileiro.

Notícias sobre interdições de postos por problemas de qualidade no combustível fazem parte do nosso dia-a-dia. Na semana passada problemas foram detectados em vários postos no Rio de Janeiro, levando o Ministério Público solicitar a suspensão de distribuidores de várias marcas que operam no estado. Essa semana a ANP – Agência Nacional do Petróleo está fiscalizando postos na cidade de São Paulo e, como tem ocorrido, foram interditados postos por problemas na qualidade dos combustíveis.

Os brasileiros que frequentam postos de combustíveis sabem que infelizmente podem ser vítimas de má qualidade do produto que manda abastecer seu tanque. A maioria sabe também do pesadelo e das consequências disso para seu veículo. Quem vive do transporte ou sustenta sua família no volante, é quem mais corre riscos. Profissionais do volante em geral veem seus custos aumentarem quando o combustível que colocam no tanque não corresponde a qualidade que o veículo precisa para funcionar adequadamente. Aumento de consumo, desgastes de componentes, baixo desempenho do motor, comprometimento de itens como filtros, bicos de injeção, etc, é a consequência primeira de combustível ruim no tanque.

Dados da ANP mostram que o problema existe na vida real e que o risco de encontrarmos com esse problema tem potencial significativo. Posto de combustível precisa ser de confiança. É previdente saber onde se abastece. Infelizmente a qualidade do combustível que usamos é suscetível de tantas variáveis que eleva o risco da baixa qualidade daquilo que vai para o tanque. A logística do combustível é complexa e por isso está sujeita a fatores como transporte, armazenagens, fraudes, contaminações, misturas impróprias, erros no manuseio, etc. Diante e tantas variáveis o risco de qualidade baixa torna-se presente mesmo em marcas de renome e em redes famosas. A vacina contra isso é saber onde se abastece e ficar de olho ao primeiro sinal de baixa qualidade. Fique ligado, o motor reclama na hora quando isso ocorre.

A ANP tem um programa de fiscalização, mas como todos sabemos, se no pouco que é fiscalizado se encontra problemas, com certeza a realidade pode ser ainda pior que os dados dessas fiscalizações. Os números da ANP mostram a conformidade dos postos fiscalizados por cada tipo de combustível. Veja na imagem principal dessa página (gráfico a cima) o comportamento nos últimos 3 meses. 

Abaixo os dados de São Paulo referente aos últimos 5 anos e início de 2017. O nível de conformidade mostra que, por exemplo, o diesel está com qualidade em queda desde 2015 no estado.

Clique nos gráficos abaixo e veja os principais problemas encontrados nas fiscalizações. 


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