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PIB recua ante o 2º tri (-0,8%) e chega a R$ 1,6 trilhão no 3º tri

PIB recua ante o 2º tri (-0,8%) e chega a R$ 1,6 trilhão no 3º tri

PERÍODO DE COMPARAÇÃO

INDICADORES

PIB

AGROPEC

INDUS

SERV

FBCF

CONS. FAM

CONS. GOV

Trimestre / trimestre imediatamente anterior (c/ ajuste sazonal)

-0,8%

-1,4%

-1,3%

-0,6%

-3,1%

-0,6%

-0,3%

Trimestre / mesmo trimestre do ano anterior (s/ ajuste sazonal)

-2,9%

-6,0%

-2,9%

-2,2%

-8,4%

-3,4%

-0,8%

Acumulado em 4 trimestres / mesmo período do ano anterior (s/ ajuste sazonal)

-4,4%

-5,6%

-5,4%

-3,2%

-13,5%

-5,2%

-0,9%

Valores correntes no trimestre (R$ bilhões)

R$ 1.580,2

R$ 75,3

R$ 302,2

R$ 993,4

R$ 260,5

R$ 1.009,6

R$ 303,4

 

TAXA DE INVESTIMENTO (FBCF/PIB) no 3° trimestre de 2016 = 16,5%
TAXA DE POUPANÇA (POUP/PIB) no 3° trimestre de 2016 = 15,1%

O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,8% na comparação do terceiro trimestre de 2016 contra o segundo trimestre do ano na série com ajuste sazonal. É a sétima queda seguida nessa comparação. Frente a igual período de 2015, houve contração do PIB (- 2,9%) pela 10ª vez consecutiva. No acumulado dos quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2016, o PIB registrou queda de 4,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, sétimo resultado negativo seguido. Já no resultado acumulado do ano até o mês de setembro, o PIB apresentou recuo de 4,0% em relação a igual período de 2015, a maior queda para este período desde o início da série em 1996.

Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre de 2016 alcançou R$ 1,580 trilhão, sendo R$ 1,371 trilhão referente ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 209,3 bilhões aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.

 

Em relação ao 2º tri, PIB cai 0,8%

O PIB recuou 0,8% na comparação do terceiro contra o segundo trimestre de 2016, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. É o sétimo resultado negativo consecutivo nesta base de comparação. A agropecuária (-1,4%), a indústria (-1,3%) e os serviços (-0,6%) apresentaram queda.

Na indústria, houve crescimento de 3,8% na extrativa mineral, puxada pela extração de petróleo e gás natural. A indústria de transformação (-2,1%) e a construção (-1,7%) apresentaram queda. Já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana registrou variação negativa de 0,2% no trimestre.

Nos serviços, transporte, armazenagem e correio (-2,6%), outros serviços (-1,0%), intermediação financeira e seguros (-0,6%) e comércio (-0,5%) apresentaram queda. Administração, saúde e educação pública (-0,1%) e atividades imobiliárias (0,0%) mantiveram-se praticamente estáveis no trimestre. Já a atividade de serviços de informação (0,5%) variou positivamente.

Pela ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo voltou a cair (-3,1%), após ter crescido 0,5% no trimestre anterior. A despesa de consumo das famílias (-0,6%) caiu pelo sétimo trimestre seguido e a despesa de consumo do governo recuou 0,3%. No setor externo, as exportações caíram 2,8%, enquanto que as importações recuaram 3,1% em relação ao segundo trimestre de 2016.

PIB cai 2,9% em relação ao 3º trimestre de 2015

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB sofreu contração de 2,9% no terceiro trimestre de 2016, o 10º resultado negativo consecutivo nesta base de comparação. O valor adicionado a preços básicos caiu 2,5% e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios recuaram em 4,8%.

Dentre as, a agropecuária registrou queda de 6,0% em relação a igual período do ano anterior. Algumas culturas mostraram retração na estimativa de produção anual e perda de produtividade, como milho (-25,5%), algodão (-16,9%), laranja (-4,7%) e cana de açúcar (-2,0%). Café (11,0%) e mandioca (3,8%), cujas safras também são significativas nesse trimestre, apontaram crescimento na produção.

A indústria sofreu queda de 2,9%. Nesse contexto, a indústria de transformação recuou 3,5%, resultado influenciado pelo decréscimo na produção de máquinas e equipamentos; da indústria automotiva e outros equipamentos de transporte; produtos de metal; artigos do vestuário; produtos farmacêuticos; móveis e equipamentos de informática.

A construção também apresentou redução no volume do valor adicionado (-4,9%). Já a extrativa mineral caiu 1,3% em relação ao terceiro trimestre de 2015, puxada principalmente pela queda da extração de minérios ferrosos. A atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana registrou expansão de 4,3%, influenciada pelo efeito-base proveniente do desligamento de termelétricas no 3º trimestre de 2015 e no 1º e 2º trimestres de 2016.

Os serviços caíram 2,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para a queda de 7,4% em transporte, armazenagem e correio e de 4,4% no comércio (atacadista e varejista). Também apresentaram resultado negativo as atividades de intermediação financeira e seguros (-3,3%), outros serviços (-2,5%) e serviços de informação (-1,5%). Administração, saúde e educação pública (0,1%) e as atividades imobiliárias (0,1%) mantiveram-se praticamente estáveis no período.

Pelo sexto trimestre seguido, todos os componentes da demanda apresentaram resultado negativo na comparação com igual período do ano anterior. A despesa de consumo das famílias caiu 3,4%. Este resultado pode ser explicado pelo comportamento dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do período.

A formação bruta de capital fixo sofreu contração de 8,4% no terceiro trimestre de 2016, a 10ª consecutiva. Este recuo é justificado pela queda das importações e da produção interna de bens de capital, sendo influenciado ainda pelo desempenho negativo da construção. A despesa de consumo do governo caiu 0,8% frente ao terceiro trimestre de 2015.

No setor externo, as exportações variaram 0,2% (após terem crescido 4,0% no trimestre anterior), enquanto que as importações caíram em 6,8% no terceiro trimestre de 2016, ambas influenciadas pela valorização de 8,5% na taxa de câmbio e pelo desempenho da atividade econômica registrados no período.

Dentre as exportações, as maiores quedas ocorreram na agropecuária, siderurgia e extrativa mineral. Nas importações, as maiores quedas ocorreram em máquinas e equipamentos, siderurgia, indústria automotiva, borracha, plástico, eletroeletrônicos, confecções e calçados.

De janeiro a setembro, PIB acumula queda de 4,0%

O PIB no acumulado do ano até o terceiro trimestre de 2016 recuou 4,0% em relação a igual período de 2015. É a maior queda acumulada para o período de janeiro a setembro desde o início da série histórica iniciada em 1996. Nesta base de comparação, agropecuária (-6,9%), indústria (-4,3%) e serviços (-2,8%) acumulam queda.

Na análise da demanda interna, houve queda de 11,6% da formação bruta de capital fixo. A despesa de consumo das famílias (-4,7%) e a despesa de consumo do governo (-0,7%) também acumulam queda no ano. Analisando-se o setor externo, as importações caíram 13,1%, enquanto que as exportações cresceram 5,2%.

PIB acumulados em quatro trimestres cai 4,4%

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em setembro de 2016 recuou 4,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou da contração de 3,8% do valor adicionado a preços básicos e do recuo de 8,3% nos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O resultado do valor adicionado neste tipo de comparação decorreu das quedas na agropecuária (-5,6%), indústria (-5,4%) e serviços (-3,2%).

Sob a ótica da despesa, todos os componentes da demanda interna apresentaram resultado negativo pelo sexto trimestre consecutivo. A formação bruta de capital fixo sofreu contração de 13,5%. A despesa de consumo das famílias (-5,2%) e a despesa de consumo do governo (-0,9%) também apresentaram queda.

Já no âmbito do setor externo, as exportações cresceram 6,8%, enquanto que as importações recuaram 14,8%.

PIB no 3º tri de 2016 chega a R$ 1,6 trilhão

O PIB no terceiro trimestre de 2016 totalizou R$ 1,580 trilhão, sendo R$ 1,371 trilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 209,3 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios.

A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2016 foi de 16,5% do PIB, abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (18,2%). A taxa de poupança foi de 15,1% no terceiro trimestre de 2016 (ante 15,3% no mesmo período de 2015).

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